segunda-feira, 1 de novembro de 2010

seco

Diante deste rosto ressequido
Suas mãos e pés já não sentem nada,
Ontem a espreitar ouvi teu gemido e o grito de dor que sussurrava.

Acovarda esta boca restrita
E a privas de saborear nem o nada.
Seu pobre jovem decaído tu vã
Filosofia não te vale de nada.

Quando falas não te escuto e
Quando pensas te engasga,
No canto favorito é só um adereço na entrada da sala.
Não se sabe a ultima vez que amou, enfim,
Só sabes nada.

Ramon Cristóvão

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