segunda-feira, 1 de novembro de 2010

amor?

Os olhos,
Se
E quando falam
Calam-se ao do outro.

Pronto, nasceu o amor.
Agora deixa tudo direcionado,
E começa a mastigação.

Sendo superficial
Menos comido,
Mais mascado
Como bom chiclete, amor com gosto
Sem me deixar alimentado.

Sendo natural feito fraterno
Esse se requenta quando aperta,

O de um amigo ao outro?
Deixa que o tempo leva e traz,
Mas esse nunca vai,

O de uma criatura para a outra,
Sem laço conjugado.
De um canto;
O “não” muito bem preparado,
Senhoras e senhores
Do outro umas mentiras afinadas,
Tudo bem balanceado.
Na medida.

E ninguém fala de amor.

Fala que ama
Nem tabela
Nem diretriz,

Diz que sente,
Não demonstra, salvo
Quando por um triz.

Enfim
“O gesto de nobreza”
Tratar o homem
Com fineza
E a mulher
Com louvor,
Venho eu a primeira
Vez falar de amor.

Cada um no seu lugar
E todo mundo
Junto por um lado,
E outros de nós mais digeridos
Do que mastigados, o primeiro
Com proteína
O segundo com sabor variado.
Muda o sabor,
Mas sempre, ou quase sempre adocicado

Será que cabe em baixo da
Escada?
Pergunto ao clássico.
Ou dentro de um armário?
Cadê os livros?


Quem sou eu?
O verbo na primeira pessoa?
Ou ele conjugado?

Eu te amo
Tu me amas
Sinto-me amado

Amor de Jesus,
A todos sem ser amado?
De onde nasceu isso?
Do drama ou do pecado?

Não vou falar de amor,
Deixa cristo na cruz
Sem que pareça pecado
Um pouco mais de sofrimento

No próximo poema
Eu falo.

Arrisco a
Por o amor mais em foco
Sem deixar
O drama de lado.


Ramon Cristóvão

Nenhum comentário:

Postar um comentário